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Arquitetos: Atelier dos Remédios
- Área: 324 m²
- Ano: 2016
Descrição enviada pela equipe de projeto. O Monte do Córrego resulta da agregação de uma moradia unifamiliar T1 em dois pisos, com uma dependência agrícola, de ocupação térrea. Consiste numa única edificação de 324m2, volumetricamente diversificada, em posição semienterrada, implantada num lote de terreno de 8,4 ha.
Funda-se numa solução que retira visualmente massa, volume e altura à construção – enterrando-a parcialmente – e que propõe uma forma de habitar sensitiva a todos os espaços componentes de uma casa com duas partes distintas: a habitação e o apoio à atividade agrícola e, na interdependência com um pátio circular, os terraços, cobertos e descobertos, e a piscina. Os seus dois pisos, fechados para norte e em franca continuidade com o terreno que a rodeia a SW, SE e NE, asseguram uma discreta presença da construção e uma aparente redução da sua escala, sendo apenas visíveis de norte, os três topos elevados e a chaminé.
A casa, que se implanta no quadrante NW do lote, com uma orientação longitudinal no sentido NE-SW, ocupa o terreno em extensão, entre as espécies vegetais existentes, com um contorno geométrico recortado, respeitando as suas localizações e preservando-as. A divisão da construção a partir da linha NW/SE formada pela escada de acesso do estacionamento ao interior do conjunto, permitiu que a área social da casa usufruísse da exposição solar aos quadrantes SE e SW, sendo reservada a zona NE para o contacto da área agrícola com o exterior.
Na habitação, a sala – subdividida em três áreas distintas – ocupa toda a frente mais aberta ao exterior de SE a SW apenas pontuada pela interioridade proposta pelo elemento de chaminé, enquanto a cozinha se posiciona numa estreita relação com um pátio de serviço, a norte e o quarto determina a transição para o outro programa, a nascente. A zona do apoio à atividade, agrícola contígua ao volume do quarto, é assumida como um espaço amplo de galeria em L que circunda um pátio exterior circular que oferece vários pontos de contacto com o exterior nos compartimentos que confinam com os limites do contentor da forma da edificação para os quadrantes SE e NE.
As coberturas ajardinadas resultantes da e um fragmentação geométrica do conjunto em planos horizontais, revelam exteriormente a forma da habitação e dos pátios semienterrados e assumem-se como o quinto alçado da edificação que se prolonga para além dos planos das fachadas da sala cria e espaços de sombra habitável, de transição entre o interior e a área exterior do lote a SE e SW.
A piscina implanta-se numa plataforma contígua ao topo SW da edificação em cota mais elevada que a sala e em continuidade com o terreno, resguardada da zona social da casa, usufruindo plenamente do sol de SW e Poente.